Situam-se na velha Estrada da Circunvalação Fiscal de Lisboa, no limite dos Municípios de Lisboa e Amadora. Pela sua localização e estética, estes edifícios adquirem, de alguma forma, o estatuto de ex-libris da entrada no Município de Lisboa.
Trata-se de edifícios de arquitetura revivalista, datados do início do Século XX. Formam um conjunto de oito torreões, ligados quatro a quatro por paredes com portas e janelas. Entre os dois grupos de quatro torreões fica a “porta” por onde circula o trânsito entre as duas Cidades.
As Portas de Benfica integravam um sistema de controlo das entradas de mercadorias na Cidade e de cobrança do imposto designado por Real da Água e dos direitos de consumo sobre os géneros alimentares vendidos na Capital fazendo parte da Alfândega Municipal, criada em Lisboa, em 1852, para fiscalizar os direitos de trânsito para a Cidade. O designado “imposto de barreiras” era aplicado a todas as viaturas, mercadorias e pessoas.
A circunscrição fiscal foi abolida em 1922, pela lei n.º 1368 de 21 de setembro, que extinguiu o imposto do real de água e os direitos de consumo, que se cobravam nas “barreiras” de Lisboa.